Segurança nos Investimentos - O FGC

Investir com segurança e ter bons retornos financeiros é possível e viável.

 Em tempos de crise ouvimos algumas pessoas dizerem que estão confortáveis financeiramente, pois souberam "proteger seu dinheiro" para tempos como esse. Isso é realmente possível? É sobre isso que iremos tratar.

 Com certeza você deve conhecer, pelo menos teoricamente, a poupança. Ela é uma forma de guardar dinheiro para momentos de necessidade e/ou para aquisição de algo em determinado período; além de guardar seu dinheiro, o banco no qual você movimenta a conta te paga cerca de 0,6% ao mês como pagamento de "juros" por você tê-lo emprestado suas economias, isso te rende, em média, um rendimento de 7% ao ano.
É melhor do que gastar todo seu dinheiro e não ter nada guardado para emergências, não é mesmo? Afinal, você ainda é pago por guardar seu dinheiro. Mas será justo esse valor que você recebe de volta? Será que não poderia receber mais?
Não vou entrar em detalhes técnicos no momento, tampouco em análises profundas, mas gostaria de lhes apresentar a Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), que é a taxa de referência para a Economia nacional. Essa taxa, em julho de 2015, estava em 14,25% (diferença absurda). Você pode consultar a Taxa Selic diariamente, atualizada no site do Banco Central do Brasil (http://www.bcb.gov.br/htms/selic/selicdia.asp).

 A poupança é um investimento confiável por ser garantido pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que é uma entidade privada e sem fins lucrativos que administra os mecanismos de proteção aos investidores, garantindo aos mesmos, a proteção de seu dinheiro em caso de falência do banco detentor da conta.
O que pouca gente sabe é que esse mesmo FGC também garante outros tipos de investimentos que rendem ao investidor muito mais que a poupança. Isso torna essas outras formas de investimento muito mais viáveis ao investidor. É por isso que seu gerente bancário não te oferece esses produtos, pois o lucro que eles tem com a poupança é imensamente maior.

 Conheça alguns desses investimentos que são tão seguros quanto a poupança, mas que te rendem bem mais:

CDB (Certificado de Depósito Bancário) - É variável de banco para banco, mas sempre é calculado sobre a Taxa DI (ou CDI), essa taxa pode ser consultada no link https://www.cetip.com.br/. O CDB rende, em média, cerca de 1 a 1,5% ao mês sobre o investimento. O Imposto de Renda é regressivo, o que significa que quanto mais você investe, menos de imposto você paga.

LC (Letra de Câmbio) - Muito parecido com o CDB, com a única diferença de não ser emitido por bancos, e sim por uma financeira.

LCI (Letra de Crédito Imobiliário) - É um investimento livre de Imposto de Renda, o que dá rendimentos bem mais compensáveis. Também é calculado sobre a Taxa DI, e pode chegar a render mais de 100% da referida taxa.

LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) - É exatamente idêntico ao LCI. A diferença na hora da escolha deve ser feita sempre levando em consideração quanto seu banco está pagando para cada papel, sobre a Taxa DI.

 Aproveito para lembrar que existe ainda a opção do Tesouro Direto, que são títulos emitidos pelo Governo Federal afim de financiar suas finanças. Como o assunto é extenso deixarei para a próxima postagem, mas você também pode verificar no site https://www.tesouro.fazenda.gov.br/.

 Até a próxima postagem!

Quando Não Ser Líder é Sucesso

 Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida. (Confucio)


 É muito comum ouvirmos alguém dizer que está realizado profissionalmente por ter recebido uma promoção no seu emprego, por tornar-se um gestor. Mas também é bastante comum conhecermos pessoas que antes tinham qualidade de vida e que hoje, como gestores, não tem tempo para si mesmos, quem dirá para as pessoas a sua volta.
Dessa forma, surge a pergunta: O sucesso profissional está, necessariamente, ligado à ascensão de gestão?

 Eu mesmo já tive oportunidades de liderança como staff de diretoria comercial, supervisor financeiro e coordenador administrativo. Essas oportunidades são importantíssimas para mim e sou grato por tê-las em minha trajetória profissional, porém eu senti na pele o que é não conseguir deixar o trabalho fora de casa, entupindo-me de atividades e preocupações que antes, como técnico, não vivenciava com tanto rigor. Muitos profissionais extremamente qualificados se perdem em situações como essas, e por vezes desenvolvem sérios problemas pessoais, tais como ansiedade, síndrome de Burnout, estafa, estresse e até depressão.

 A busca por profissionais de formação técnica tem sido gigantesco nos últimos anos, pois são eles, os trabalhadores operacionais, que proporcionam base para as companhias. Atualmente muitas pessoas não entendem, mas a importância de um profissional especialista é imensurável, uma vez que é ele o responsável por respostas rápidas e eficientes às demandas do cotidiano. 
Segundo Marcelo Cardoso, diretor da RM1 (empresa especializada em treinamento de Coaching), o atual cenário é o seguinte: O que faz girar o negócio de uma empresa, em sua essência, é a parte técnica. As organizações começaram a valorizar cada vez mais os especialistas, pois são profissionais que detém bastante conhecimento e, muitas vezes, são escassos no mercado de trabalho”.

 Essa abordagem não tem o intuito de desencorajar os profissionais que buscam a ascensão por meio da gestão, pelo contrário, é essencial ter também os profissionais generalistas; mas o intuito é de incentivar a capacitação técnica para a formação de especialistas.

 Para finalizar, gostaria de alertar os profissionais técnicos a sempre avaliar as organizações em que trabalham ou para as quais concorre à vagas. Busquem saber se há plano de cargos e salários para sua área dentro da companhia, pois é possível, sim, crescer dentro da área técnica sem necessariamente assumir uma gestão e tudo o que a acompanha.

Liderança Situacional

"A liderança ocorre sempre que alguém procura influenciar o comportamento de um indivíduo ou de um grupo, para qualquer que seja a finalidade. Pode ser exercida visando objetivos pessoais ou objetivos de terceiros, que podem ser coerentes ou não com os objetivos organizacionais." 

 A frase citada acima é de Paul Hersey, co-autor de Psicologia para Administradores: A Teoria e as Técnicas da Liderança Situacional”, e retrata a essência do tema liderança quebrando paradigmas antigos sobre seu real significado.
 Segundo o Portal Carreira & Sucesso, o líder situacional é "aquele com jogo de cintura, e que, de acordo com as demandas e o ambiente, consegue adaptar-se rapidamente e contornar os problemas de forma a eliminá-los, seja qual for seu estilo de liderança (autocrático, democrático ou liberal). Assim, a liderança situacional se apresenta melhor em momentos de crise, e neste caso, o trabalho do gestor é fundamental."
 De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), José Roberto Marques, para que a liderança situacional tenha sucesso, o líder precisa dispor de suas competências e habilidades, e saber guiar e delegar as funções de acordo com o perfil dos profissionais que compõem sua equipe.  Entretanto, para sair-se bem neste papel de líder situacional, o mesmo precisa ser sensível às mudanças, conhecer bem cada profissional e contar com a maturidade dos seus liderados.
 Abaixo veremos as classificações dos níveis da maturidade dos colaboradores de acordo com o modelo de liderança adotado e o relacionamento destes com seus líderes.

Liderança pela Maturidade Profissional

 A principal característica deste tipo de liderança é a habilidade em diagnosticar o colaborador, considerando o seu desempenho atual nas tarefas, não na pessoa que é ou no seu potencial, e conhecer quais são os estilos de liderança para usá-los nos momentos adequados. Ou seja, o líder encontra a forma certa de agir com cada colaborador, pois nem todos respondem da mesma forma aos diversos tipos de liderança.
 Sob a influência da liderança situacional, existem quatro estágios distintos de maturidade numa organização e, estes influenciam diretamente no estilo de agir do líder para alcançar o sucesso da gestão do pessoal:
1 • Determinar – Esse é o estágio inicial, estágio onde o líder analisa a desenvoltura de seus colaboradores nos mais variados cenários para encontrar a melhor forma de se relacionar com o mesmo.
2 • Persuadir – No segundo estágio já temos o entendimento do nível de maturidade do colaborador (de média a moderada), porém não das habilidades que esse estágio exige. Neste caso, o líder situacional além de direcionar o trabalho, deve apoiá-lo e incentivá-lo para que alcance a autoconfiança e motivação necessárias para agir.
3 • Compartilhar – No terceiro estágio o colaborador tem a maturidade entre moderada e alta, e as habilidades para executar a tarefa, porém, muitas vezes, não tem interesse em ajudar o líder. Esta indisposição pode estar relacionada a fatores como desmotivação e falta de confiança em seu trabalho e, o papel do líder é buscar sua participação e colaboração na tomada de decisões.
4 • Delegar – No último estágio encontramos o colaborador com maturidade alta e, com habilidades e a disposição que a tarefa exige. A partir de agora o líder não precisa apoiar e direcionar efetivamente seu trabalho, uma vez que o colaborador tem autonomia e a confiança do líder para criar as melhores soluções e executá-las, independente de seu acompanhamento.
 Esse estilo de liderança é, de longe, o mais indicado no mundo globalizado de hoje, onde as pessoas tem um maior acesso às informações e às oportunidades. Com esse estilo de liderança empregado é mais fácil reter talentos na organização, uma vez que o colaborador passa a se sentir membro de algo maior e vê sua importância para o desenvolvimento da mesma. Abaixo seguem algumas dicas para utilizar da forma correta esse estilo de liderança:
  • Mantenha um canal de comunicação aberto, procure ouvir na essência e  comunicar-se assertivamente com seus colaboradores;
  • Respeite as características comportamentais e profissionais de cada colaborador, busque identificar seus diferenciais e use-os a favor da empresa;
  • Guie, ensine e conduza os profissionais e equipes, e ofereça a estes oportunidades reais de desenvolvimento de suas habilidades e capacidades coletivas e individuais;
  • Dê avaliações assertivas, exponha com clareza os motivos de um feedback positivo e evidencie o bom trabalho de seu colaborador. Do mesmo modo, quando o feedback não for positivo, foque  em destacar os pontos de melhoria  e busque junto com o seu colaborador as soluções mais adequadas para que os mesmos erros não se repitam;
  • Procure alinhar as expectativas profissionais dos colaboradores com os interesses e resultados da empresa;
  • Faça com que colaboradores conheçam a missão e os valores da organização, sintam-se mais engajados e responsáveis e com isso reconheçam sua importância dentro dos processos de trabalho, em seu autodesenvolvimento e no alcance dos resultados como um todo;
  • Ofereça suporte, conhecimentos, experiências e possibilidades reais de crescimento e ascensão na carreira e busque sempre desenvolver o máximo seus liderados;
  • Conheça a si mesmo;
  • Demonstre aos seus colaboradores que você está lá para ajudar a todos com suas necessidades e não com suas vontades;
  • Defina devidamente as competências de cada colaborador de sua equipe;
  • Estimule a autonomia na apresentação de melhorias para a organização.
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